Chutos e Pontapés: Quando os heróis andam à porrada

Com a chegada aos cinemas do mais recente capítulo de "X-Men" voltamos um pouco atrás e revisitamos os três principais filmes de super-heróis com que já fomos presenteados nesta primeira metade de 2016: "Deadpool", "Batman vs. Superman" e "Capitão América: Guerra Civil".

 Se o primeiro se debruça sobre a luta de um herói improvável que, inconscientemente, vira mesmo super (quase) como os outros. Os outros dois são mais próximos dos filmes convencionais daqueles que fomos habituados desde miúdos. Aproveito já para deixar aqui explícito que só gostei do "Deadpool" e deixo uma menção honrosa para Tom Holkenborg (mais conhecido por Junkie XL) que continua a comprovar a sua capacidade em criar fantásticas bandas sonoras: depois já da sequela de "300" e de "Mad Max: Fury Road", entra em 2016 com o pé direito ao produzir as bandas sonoras de "Deadpool" e de "Batman vs. Superman" (esta última em conjunto com o seu mentor Hans Zimmer, que deverão conhecer de bandas sonoras como "Gladiador", "Piratas das Caraíbas", "Cavaleiro das Trevas" e "Interstellar").

 Voltando aos filmes. "Deadpool" não é para qualquer público, atenção. Nem estou a falar de restrições de idade, estou a falar a nível de conteúdo do guião. Está recheado de humor cru e muito in your face, o diálogo torna-se delicioso quando nos apercebemos da quantidade de referências que tem (não só dentro do Universo Marvel, como a referência aos cojones do Wolverine. As referências em "Deadpool" abrangem tudo aquilo de que nos podemos recordar). É explícito, é irreverente e tem a boca cheia de palavrões...e tem Ryan Reynolds a redimir-se do desastre titânico que foi o "Green Lantern".

Em relação aos outros dois, ambos têm uma premissa central comum: os heróis andam à batatada uns com os outros. Mas, antes de entrar por aí, deixo-vos com o ponto alto do filme "Batman vs. Superman": a Gal Gadot ("Velocidade Furiosa" 4, 5 e 6) é a Wonder-Woman e aparece em trajes reduzidos, como qualquer super-heroína típica que se preze (se é que me entendem).

Eu gosto de um bom filme de porrada como qualquer gajo, mas a premissa de "Batman vs. Superman" é patética. Andam à bulha e, quando descobrem algo em comum, tornam-se bffs como duas meninas de 14 anos constantemente a mandar snapchats uma à outra. Neste caso o elo comum é o nome das mães: Martha, é seguro portanto afirmar que os heróis de Gotham e Metropolis são dois meninos da mamã com conta no snapchat. O que safa este filme acabam por ser três coisas: o Batman triste pela "morte" dos seu novo bff; a competência de Zack Snyder na realização do filme e a banda sonora. Com Ben Affleck a deixar para trás o facto de ter sido o "Daredevil", mas olha que não és nenhum Christian Bale para seres um bom Batman.

Já referi que a Wonder-Woman aparece em trajes reduzidos?

 Em relação a "Capitão América: Guerra Civil": NÃO HÁ GUERRA CIVIL NENHUMA! O que há é um Capitão América amuado porque os países do mundo querem que os Avengers assinem um documento que evite perda de vidas inocentes. Segue-se então uma luta entre as facções do Capitão América e do Iron-Man.
 

Esta cena é só ridícula. Em pelo ar puxa um helicóptero para baixo... Cuspi as minhas pipocas aqui.

Robert Downey, Jr. regressa ao seu papel de Iron-Man e apresenta-nos de forma subliminar uma nova saga do Homem-Aranha, agora protagonizado pelo jovem Tom Holland que tem direito a uma referência deliciosa a Star Wars, referindo-se ao episódio V ("Império Contra-Ataca") como "aquele filme antigo". Saliento também o facto de May, tia de Peter Parker (a.k.a. Homem-Aranha), ser agora uma rapariga jovem protagonizada por Marisa Tomei.

O vilão deste filme, Zemo, é protagonizado de forma genial por Daniel Brül ("Sacanas Sem Lei"; "Rush") e tem uma peculiaridade que o torna no melhor personagem de todo o filme: é preso mas consegue o seu objectivo na mesma: separar os Avengers.

Não me quero alongar muito sobre o Capitão América: Guerra Civil dado que vai ser abordado em breve, ao detalhe, pelo André. 2016 está a ser, para já, o ano em que actores relançam as suas credenciais de super-herói. Acho que ninguém se esquece da prestação de Chris Evans como Johnny Storm no "Quarteto Fantástico" na década passada.

Já referi que a Wonder-Woman aprece em trajes reduzidos?

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